O que é a disenteria?
A disenteria é uma infeção intestinal grave caracterizada por uma inflamação do cólon, que provoca diarreia grave acompanhada de sangue e muco nas fezes. Existem dois tipos principais de disenteria: a disenteria amebiana, causada pelo parasita Entamoeba histolytica, e a disenteria bacilar, causada por bactérias, em particular as espécies de Shigella. Esta doença pode ser contraída pela ingestão de água ou alimentos contaminados ou pelo contacto direto com objectos infectados.
Como é que a disenteria é transmitida?
A disenteria é transmitida principalmente por via fecal-oral. Isto pode ocorrer através do consumo de água ou alimentos contaminados com bactérias ou parasitas. As más práticas de higiene, como a lavagem inadequada das mãos depois de usar a casa de banho ou antes de manusear alimentos, também aumentam o risco de propagação da doença.
Quais são os sintomas da disenteria?
Os sintomas da disenteria geralmente incluem:
É vital consultar um profissional de saúde se estes sintomas aparecerem, especialmente se a diarreia for sanguinolenta.
Como é que a disenteria é diagnosticada?
O diagnóstico da disenteria é geralmente confirmado por uma análise das fezes. Estas análises detectam a presença de parasitas, bactérias patogénicas ou as suas toxinas. Os exames adicionais podem incluir análises ao sangue e, em alguns casos, uma colonoscopia para examinar mais pormenorizadamente o estado do cólon.
Que tratamentos estão disponíveis para a disenteria?
O tratamento da disenteria depende do tipo de disenteria. No caso da disenteria amebiana, são utilizados medicamentos antiparasitários, como o metronidazol. No caso da disenteria bacilar, podem ser prescritos antibióticos específicos para eliminar a infeção bacteriana. É essencial manter uma boa hidratação. As soluções de reidratação oral ou, em casos graves, a hidratação intravenosa, são essenciais para evitar a desidratação.
Como é que a disenteria pode ser prevenida?
A disenteria pode ser prevenida através da adoção de boas práticas de higiene:
É possível desenvolver imunidade à disenteria?
Não, não é possível desenvolver imunidade total à disenteria. Mesmo depois de uma infeção, uma pessoa pode ser reinfectada se for novamente exposta ao agente patogénico. Isto deve-se à variabilidade das estirpes de bactérias e parasitas que podem causar a doença. No entanto, uma atenção cuidadosa à higiene pode reduzir significativamente o risco de reinfeção.
Quão comum é a disenteria em todo o mundo?
A disenteria é mais comum nas regiões tropicais e subtropicais, particularmente nos países em desenvolvimento, onde as condições sanitárias e o acesso à água potável são frequentemente inadequados. É particularmente prevalente em áreas sobrelotadas e entre populações com sistemas inadequados de tratamento de água e saneamento. São necessários esforços contínuos no domínio da saúde pública para reduzir a prevalência desta doença.
As crianças são mais susceptíveis à disenteria?
Sim, as crianças, especialmente as que têm menos de cinco anos, são particularmente vulneráveis à disenteria. Como o seu sistema imunitário ainda não está totalmente desenvolvido, é mais provável que contraiam infecções e sofram complicações graves se forem infectadas. É essencial controlar rigorosamente a sua higiene, especialmente em ambientes de alto risco.
Qual é a diferença entre a disenteria e a diarreia normal?
A principal diferença entre a disenteria e a diarreia normal é a presença de sangue e muco nas fezes, que é caraterística da disenteria. Além disso, a disenteria é frequentemente acompanhada de fortes dores abdominais, febre e uma sensação de urgência para evacuar, enquanto a diarreia pode ser mais ligeira e não apresentar estes sintomas adicionais. A disenteria exige uma intervenção médica imediata para evitar complicações.
Existem vacinas contra a disenteria?
Atualmente, não existe uma vacina eficaz e amplamente disponível contra a disenteria. No entanto, prossegue a investigação com o objetivo de desenvolver vacinas, especialmente contra as estirpes mais virulentas de Shigella, um dos agentes patogénicos mais comuns da disenteria bacilar. Entretanto, a prevenção continua a centrar-se na melhoria das condições sanitárias e das práticas de higiene.