O que é a malária e como é transmitida?
A malária é uma doença infecciosa causada por parasitas do género Plasmodium, que é transmitida aos seres humanos através da picada de mosquitos fêmeas infectados, principalmente mosquitos Anopheles. Quando um mosquito pica uma pessoa, os parasitas são transferidos da saliva do mosquito para o corpo humano. Uma vez no corpo, os parasitas migram para o fígado para se multiplicarem e depois infectarem os glóbulos vermelhos.
Quais são os sintomas da malária?
Os sintomas da malária podem variar, mas geralmente incluem febre, arrepios, mal-estar, dores musculares e dores de cabeça. Estes sintomas podem aparecer entre 7 e 30 dias após a exposição aos parasitas, mas nalguns casos podem não aparecer até meses mais tarde. Se não for tratada, a malária pode evoluir para formas graves, levando a complicações fatais, como anemia grave e perturbações neurológicas.
Como é que a malária pode ser prevenida?
A prevenção da malária assenta em vários pilares, incluindo a utilização de redes mosquiteiras impregnadas de inseticida, a aplicação de repelentes na pele, o uso de vestuário de proteção e a administração de medicamentos profiláticos em determinadas situações. É também crucial limitar as fontes de água estagnada perto das casas, onde os mosquitos se reproduzem.
Quais são as opções de tratamento disponíveis?
O tratamento da malária depende da estirpe de Plasmodium envolvida, da gravidade da doença e do local onde a infeção foi contraída, para ter em conta a resistência local aos medicamentos. Os medicamentos anti-maláricos, como a cloroquina e aartemisinina, são normalmente utilizados para tratar esta doença. É essencial que o tratamento seja supervisionado por um profissional de saúde para garantir a sua eficácia e minimizar o risco de resistência.
Qual o impacto da malária na saúde pública mundial?
A malária continua a ser uma das principais ameaças à saúde pública mundial, sobretudo na África Subsariana e em partes daÁsia e da AméricaLatina. Afecta milhões de pessoas todos os anos e causa centenas de milhares de mortes, sobretudo em crianças com menos de cinco anos. A luta contra a malária é, por isso, uma prioridade para muitas organizações internacionais, que procuram reduzir a incidência desta doença através da prevenção, do controlo e da eliminação.
Existem inovações recentes no tratamento ou na prevenção da malária?
A investigação recente centrou-se na melhoria das estratégias de controlo e no desenvolvimento de vacinas contra a malária. Por exemplo, a vacina RTS,S, também conhecida por Mosquirix, demonstrou uma capacidade parcial de prevenção da malária em crianças. Além disso, estão a ser estudadas novas moléculas de medicamentos para ultrapassar os problemas de resistência aos tratamentos actuais.
Que populações estão mais expostas ao risco de contrair malária?
As populações mais vulneráveis à malária são as que vivem em zonas tropicais e subtropicais ou na sua proximidade, onde o mosquitoAnopheles, o vetor, é abundante. As crianças com menos de cinco anos, as mulheres grávidas e as pessoas com sistemas imunitários enfraquecidos estão particularmente em risco. As pessoas que viajam de regiões onde a malária é menos comum também podem estar em maior risco, uma vez que geralmente não têm imunidade à doença.
Como é que a malária é diagnosticada?
A malária é diagnosticada principalmente através de um exame microscópico do sangue. Este método detecta a presença de parasitas nos glóbulos vermelhos. São também utilizados testes de diagnóstico rápido (RDT), que fornecem resultados em cerca de 15 a 20 minutos. Estes testes detectam antigénios específicos produzidos pelos parasitas da malária. Um diagnóstico precoce e exato é crucial para um tratamento eficaz e para evitar a propagação da doença.
Qual a importância da vigilância e do controlo dos vectores na luta contra a malária?
A vigilância e o controlo do vetor, ou seja, o mosquito Anopheles, são essenciais para evitar a transmissão da malária. Isto inclui actividades como a pulverização de insecticidas em interiores, o tratamento de larvas em massas de água e a utilização de redes mosquiteiras impregnadas. A eliminação da água estagnada também pode reduzir a população de mosquitos, eliminando o seu habitat de reprodução.
Existe resistência aos tratamentos contra a malária?
Sim, a resistência aos medicamentos antimaláricos é um problema crescente. Em certas regiões, as estirpes de Plasmodium falciparum desenvolveram resistência aos tratamentos tradicionais, como a cloroquina e aartemisinina. Este facto complica os esforços de tratamento e exige o desenvolvimento de novos medicamentos ou a utilização de combinações de medicamentos para manter a eficácia do tratamento.
Como é que as alterações climáticas afectam a distribuição e a transmissão da malária?
As alterações climáticas estão a ter um impacto significativo na distribuição e transmissão da malária. O aumento das temperaturas e as alterações nos padrões de precipitação podem alargar as zonas habitáveis para os mosquitos vectores, aumentando o risco de transmissão da malária em regiões anteriormente não afectadas. Além disso, as variações climáticas podem também influenciar os ciclos de reprodução dos mosquitos e a sobrevivência dos parasitas, modificando assim a dinâmica da doença.